A história do Dia 1º de Maio

Desde o fim do século XIX, nos Estados Unidos, no Brasil e em vários outros países ocidentais, o dia 1º de maio é tido como data de grande celebração e símbolo da luta pelos direitos trabalhistas. Tudo começou em 1886, quando uma greve geral, na cidade de Chicago, resultou em forte repressão policial. Tal repressão estimulou ainda mais manifestações que transcorreram nos dias seguintes.

 

No dia 04 de maio, em uma manifestação na praça Haymarket, uma bomba explodiu ferindo dezenas de pessoas e causando a morte de outras sete, entre policiais e manifestantes. A explosão provocou o revide dos policias com tiros sobre os manifestantes. Outras dezenas de pessoas morreram na mesma praça. Esse conjunto de eventos, desencadeados a parir de 1º de maio, resultou na escolha desse dia como marco de memória e valorização dos trabalhadores.

 

No caso específico do Brasil, a menção ao dia 1º de maio começou já na década de 1890, quando a República já estava instituída e começava um processo acentuado do desenvolvimento da indústria brasileira. Nas duas primeiras décadas do século XX, começaram a se formar os movimentos de trabalhadores organizados, sobretudo em São Paulo e no Rio de janeiro.

 

Em 1917, a cidade de São Paulo protagonizou uma das maiores greves gerais já registradas. A força que o movimento dos trabalhadores adquiriu era tamanha que, em 1924, o então presidente Arthur Bernardes acatou a sugestão que já ventilava em várias partes do mundo de reservar o dia 1º de maio como Dia do Trabalho no Brasil, passando a ser feriado nacional.

 

Durante a Era Vargas (1930-1945), aconteceram transformações estruturais no setor econômico do Brasil, com o investimento em indústrias de base, como a siderúrgica, a metalúrgica e o setor de energias. Diante disso, o então presidente Getúlio Vargas decretou em 1º de maio de 1943, a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho).

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